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sábado, fevereiro 22, 2025

O tempo entre nós.

Na escalada da noite, onde não se vê as montanhas e nem colinas.
Na escuridão dos pensamentos, vagueio entre as lembranças de palavras ditas, ao sussurro do vento.
Me ponho no nosso lugar secreto, na esperança que me reencontre.

Será eu, fadado a solidão? Aquelas as quais busco vence-las no meu canto silencioso!
Ou será eu, o algoz de minhas fraquezas? Criadas ou fantasiadas por minha falta de sensatez e discernimento do certo ou errado!
Talvez, preciso me localizar mesmo distante e caído nas fadigas mentais, propriamente forçadas para me abalar e fazer desistir de tudo.

Contudo, fixo meus desvarios na esperança de ouvir-te novamente, na espectativa de reve - lá e olhar em teu olhos, os quais  revelam a angústia de sucumbir desejos nefastos que nos ligaram em tempos e tempos.
Ainda caminho no deserto, no desencontro em que fomos postos, pelo tempo que não temos mais, e só basta convencer - nos de que o tempo entre nós, passou!

Agora, mas distante nessa caminhada, na tormenta em que não suporto ficar, pensar no que nas palavras trocadas, nas canções ouvidas no embalo dos corações, me perdi na esquina da solidão em que me puseste.

Me prometeste algo maior do que essa busca, mais alto do que as montanhas e colinas, e me deixastes para trás, onde jamais saberei o que valeu a pena no decorrer do tempo que existiu entre nó!
Atravesso noites em silêncio, a procura de sobreviver em meios as mudanças, as quais não mudam!

Por um tempo me fizeste sorri!
E ao mesmo tempo me fizeste chorar!
Mas, ainda escalo montanhas, relevos e colinas para sentir a sensação de ouvir sua voz, seu riso, seu cheiro e toque de suas mãos macias e delicadas!

Não te escondas de mim, sabes onde me encontrar, não me deixes assolado, pois resistirei ao tempo, mesmo aflito, vencido não serei.
O amanhã virá, trará novo sol sobre todos, e a espera de revê-la sumirá.
Contudo, o tempo entre nós, passou!
E nele somente marcas ficaram.

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