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domingo, dezembro 05, 2021

Mojuí, meu encanto.

Nos campos, a vida se fez,
vila à vista, vista à vida.
Povo forte, que a seca provou
e em luta se fortaleceu,
vieram de todo canto,
do Nordeste, o sonho
de um futuro a desbravar.
Mojuí, agora é de todos,
fruto de luta e doação.

Não mais prantos de outrora,
acorda, povo que tece o amanhã.
Os montes rugem, não por dor,
mas em eco de novos tempos.
A cidade não te abandonou,
e teu passado não foi em vão.
É tempo de honrar a memória de quem construiu,
com as mãos que ergueram a matriz,
e deram vida a cada rua.

Mojuí, teu nome vive
não só nas histórias do arraiá,
mas nos traços de quem vem e vai.
Na praça, onde o tempo se encontra,
Luzia, Pedro, Paulo e Antônio de Pádua
observam a vida que em vendavais
se balança, mas não cai.

Nossas raízes, de Oliveira a Walfredo,
são o solo onde plantamos
o futuro, onde o choro e a oração
se misturam com as cores dos artistas
e as memórias que guardamos.

É tempo de reconstruir,
de pintar a história com novas cores.
Maria, José, Sebastião e o Beira Rio,
ecoam em nós.
É uma nova história,
e o povo de Mojuí não se cansa de lutar,
sempre acreditando no que pode melhorar.

Mojuí dos Campos, meu torrão,
meu encanto, avante vamos.
O tempo de reconstruir é agora.

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