Oh, saudades da gente!
Dos tempos que sorrimos juntos;
Da melodia em que ouvia cantar,
E na janela víamos o vento passar.
Oh, saudades da gente!
De vê aquele brilho no rosto;
Quando pairava em minha frente;
Querendo algo dizer-me.
Que saudade gente!
Das brigas de brincadeiras gritantes,
Que na rua desprezava a saudade,
Nas tardes do pôr do sol.
Saudades da gente!
Das andanças pelas matas adentro,
Em busca de um ninho para repousar;
E no canto sereno da brisa, a noite descansar.
Gente, que saudades da gente!
Da roda de conversa, em que o papel e o lápis de cera se faziam presentes,
Tão natural como a gente, não podia imaginar.
Quanta saudades da gente desenhar.
Saudades da gente e de gente.
Assim, o mundo se desenha,
Nos detalhes de cada resenha,
Em que a vida, se torna palco de amigos,
E de poucos gentes.
Oh, que saudades da gente!