Parei para olhar teus traços,
Num instante que a alma não podia imaginar!
Uma visão tão perfeita,
Que meus olhos, extasiados, puderam contemplar.
Foi numa noite estrelada,
Sob o véu de um vestido azul,
Que pude ver a beleza tão singela,
Que fez meu ser inteiro estremecer.
Olhei para cada detalhe,
Em deleite me perdi;
Meus olhos, ávidos, desejaram
A imagem que ali vi.
Foi tão repentino,
Admirar as curvas que o corpo traça;
São tantas as belezas,
Que me pus a sonhar.
Se achaste que foi só isso
Que chamou minha atenção!
Não me julgues de outra forma,
E não leves ao coração;
Teus cachos, preciosos,
Ondulavam com uma elegância jamais vista;
Moldados como pétalas de rosa,
Naquela noite em que os vi, um encanto à vista.
Um sorriso exuberante,
Daquele rosto doce e angelical surgiu;
A menina, tão meiga e radiante,
De sua caverna, enfim, floriu.