Em ti, a angústia em mim faz morada.
Desço a ladeira, meu ser, um sem-fim,
E de meu próprio encontro, fujo, nada.
Meus olhos te buscam, meu coração te elege,
E em teu arado, amor, me ponho.
Sou tua terra, teu chão, tua serventia,
Tu, semente que a dor finda e queima.
Sejas a semente, que a solidão exila,
E nesta terra, que de ti se nutre,
Faz de mim um campo fértil,
Onde a angústia não mais se cultive.
Soneto Volúvel e Crônico
Amo teu ser volúvel e inconstante,
Em cada olhar, uma nova canção.
Um amor que é crônica e instante,
Em teus beijos, minha eterna prisão.
És a luz que cega e fascina,
A tempestade que me eleva ao céu.
És a certeza que a dúvida ensina,
E no teu caos, encontro meu véu.
Assim, neste amor sem regra ou razão,
Sou o eco que o teu passo inspira,
A página que escreve esta paixão,
A melodia que a tua alma respira.
Amor que é crônica, volúvel e vário,
Em ti, meu ser é eterno e diário.
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