Por caminhos seguia em silêncio.
Na espreita sombra que me seguia,
Com arrepios torturantes na espinha,
Cada passo o medo insistia.
Na madrugada da escuridão sombria.
Não esperava ouvir aquela melodia;
Que o soprano de longe se ouvia;
Onde os pelos, se manifestavam à correr.
Gritos aterrorizantes se confundiam,
Ao toque daquela sinfonia sombria!
Trêmulo e alucinado, os pés gelados.
Olhos altivos e lágrimas aprisionadas.
Se corro, se paro, exausto estou.
Na fenda, se via o fim do furor!
Como não sentir a dor do desespero;
Se até a alma deseja esvaziar-se do corpo.
Mas seguia, no propósito de acalmar-me.
Pois sentia, que ao amanhecer venceria;
Sorriria para tudo que acontecerá.
Mas confesso, o corpo todo tremia.
Angustiado ou desanimando,
Sem rumos de onde os caminhos me levariam,
Porém, exausto de ouvir aquela tenebrosa melodia,
A qual não cessava, e enstingava minha alma a fraquejar.
Choros e gritos, ruivos e zumbidos.
Claros e confusos, pedidos a ecoar,
Não dá pra separa-los dos acordes que tocam;
Pois, até às batidas do meu coração já não se ouvia.
Sussurros, no silêncio ao caminhar,
São levados ao vento,
De caminhos adentro, e já não sei...
Para onde me levará os caminhos a pernoitar.