Ventos do norte, passam pelos meus dias,
Como a relva a cada amanhecer,
Percebo a brisa no rosto,
Fazendo a alma estremecer.
Havido, vendo o tempo passar,
Do pó das cinzas, recupero as forças para me levantar,
Não há fraqueza que no peito deixe escapar,
Fugir não adianta mais, na alma cicatrizes há.
Se vai ou se fica, não sei explicar
Clama, uma chama ardente,
Por dentro à devorar.
Já ressurgir, tentando abortar, as dores findam...
Se vai, és livre para não voltar!
Se fica, és maduro para suportar.
Só não me deixes ao alento.
Como outrora, quiseres deixar!
Me digas, amor meu, o que serás de mim após os vendavais?
Se na chuva de lágrimas permaneço!
Se vai ou se fica, não sei explicar.
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