O tempo me
visita, silencioso,
Senta-se comigo na varanda da vida.
Não fala — apenas observa, paciente,
Enquanto eu tento escrever o que ele sente.
Traz consigo o
cheiro do ontem,
O eco de risos que já se perderam,
E as pegadas que a chuva apagou,
Mas que o coração insiste em lembrar.
Diz-me o tempo,
em voz de vento:
“Não temas o que
parte,
pois o que é teu, permanece no sopro da lembrança.”
E assim sigo,
amigo do tempo,
Aprendendo com seus silêncios,
Que poesia é o instante
Em que o efêmero toca o eterno.
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