É no espelho d'alma, onde a luz repousa,
Que o teu olhar, quieto, a vida me revela.
Não é de fala alta, nem de frase ousada,
Mas um silêncio azul que me incendeia a vela.
Que o teu olhar, quieto, a vida me revela.
Não é de fala alta, nem de frase ousada,
Mas um silêncio azul que me incendeia a vela.
Como a maré que volta e toca a areia fria,
Trazendo o sal do vasto e o segredo do mar,
Teus olhos me visitam, finda a ventania,
E fazem o meu caos, por um instante, parar.
Não sei de que matéria és feito, nem a cor exata,
Se é de mel que escorre ou noite de veludo,
Só sei que nele o tempo se curva e se desata,
E o que era simples vira o meu mundo tudo.
É a âncora invisível no porto dos meus dias,
O mapa que perdi e, enfim, voltei a achar.
Em tua órbita navegam as minhas fantasias,
Porque a poesia inteira mora em Teu Olhar.
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