Dizem que o amor é colorido… Tolice!
Eu vos digo, quando ele se veste de matizes, já não é belo, é agonia.
A beleza reside na pureza de um tom só,
De um só nome sussurrado, uma flor única que desabrocha todo dia.
Nela, conto e reconto as mesmas pétalas, e em cada uma, encontro a eternidade.
O amor colorido? Ah, esse é um véu de sombras e falsas promessas,
Oportunista e cruel, disfarçado em mil faces que nunca são tuas.
Ele não me pertence, não é meu; é um eco vazio que exige sem merecer.
Meu amor não tem cores, ele é uma única e profunda canção!
Límpido como a água que brota da fonte, na cachoeira que não se mede em gotas,
Mas na imensidão que inunda a alma.
Meu amor é o sopro suave da brisa que acorda a manhã,
É a ternura da lã macia que abraça, o gosto puro da verdade em cada beijo.
É a luz que guia teus passos na escuridão, a promessa silenciosa de um para sempre.
Quem tem amor em mil cores, vive de fragmentos, de amores partidos, de corações rasgados.
Mas quem tem o amor de uma só cor, esse sim, conhece a plenitude.
Vive sorrindo, um sorriso que nasce da paz que inunda o peito.
Tem um sentimento que é chama viva, verdadeiro e inabalável,
Como bençãos que preenchem as mãos e aquecem a vida.
Meu amor… ah, o meu amor é a mais profunda e singular de todas as cores. É você.