Imagino como foi viver o dia todo, sem sentir minha presença, pois a falta da sua foi eterno vazio,
Os dias começavam sempre com o brilho do sol aquecendo a minha janela,
Sim e eu sempre ficava na espera de que os raios pudessem me tocar;
Sempre que à via, me alcançava a esmagadora agonia e uma tamanha vontade de tê-la em meus braços.
O vento que soprava, sempre carregava seu nome aos meus ouvidos.
Sol, a temperatura perfeita, onde os acontecimentos celebram a cor da alma em chamas,
Foste minha ametista, tirando-me dos padrões egocêntricos em que vivi,
Salvaste-me de decepções e frustrações que a vida atraiam-me;
Por instantes, foste minha sem alma, sem corpo, sem afago...
Testemunhastes o melhor de mim, minha inocência do desprendimento da ilusão;
Do desejo de minha alma, ser a metade da sua, incorporar a mais bela das realizações.
Foste chamas e gelo em meu peito, por fraqueza minha de não lutar em busca do seu calor;
É cômico a forma de vê-la e senti-la, por não tê-la...
Ainda aprecio teu jeito meigo e doce, que os vendavais não destruíram;
Sinto força em teus braços, mesmo não sentindo-as,
Sinto que o tempo não levou as boas recordações.
És, a letra desta melodia, o encanto que irradia as manhãs vívidas dos seus.
Fostes e és, o meu Sol das manhãs que me aquecem,
Pode o tempo ultrapassarem os limites do sobrenatural,
Mas será você que brilhará ao romper de cada amanhecer!