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sexta-feira, abril 11, 2025

Refúgio

As vezes é preciso parar.
Deixar as feridas por si mesmo sarar;
Sair dessa neurose,
Que é o sentimento de amar.

Permitir que o tempo resolva,
O que ele mesmo criou...
Não quero ser indiferente,
Quero ser presente,
Nessa questão de amor.

Estive de lados opostos,
Não soube contornar
Sempre busquei seus beijos,
Em seus braços, sempre quis estar.

Contei por diversas vezes, as estrelas do mar 
Procurando uma pérola, que pudesse te presentear.
Fui morto através de gotas,
Por esse sentimento de amar.

Cedi, mas perdi por entre os dedos.
Corri, para não me iludir ainda mais;
Sofri, nas correntezas de lágrimas,
Por esse sentimento de amar.

Não quero ser importuno,
Nem sei mais o que sou!
Se vivo ou morro:
Por esse sentimento de amor.

Meu espírito desfalece, minha alma evapora-se.
Escondendo-se em densas florestas,
Não tão perto, nem tão longe...
Apenas recorre ao livre arbítrio, para se encontrar.
Por causa desse sentimento de amar.

segunda-feira, março 31, 2025

Noite traiçoeira

Por caminhos seguia em silêncio.
Na espreita sombra que me seguia,
Com arrepios torturantes na espinha,
Cada passo o medo insistia.

Na madrugada da escuridão sombria.
Não esperava ouvir aquela melodia;
Que o soprano de longe se ouvia;
Onde os pelos, se manifestavam à correr.

Gritos aterrorizantes se confundiam,
Ao toque daquela sinfonia sombria!
Trêmulo e alucinado, os pés gelados.
Olhos altivos e lágrimas aprisionadas.

Se corro, se paro, exausto estou.
Na fenda, se via o fim do furor!
Como não sentir a dor do desespero;
Se até a alma deseja esvaziar-se do corpo.

Mas seguia, no propósito de acalmar-me.
Pois sentia, que ao amanhecer venceria;
Sorriria para tudo que acontecerá.
Mas confesso, o corpo todo tremia.

Angustiado ou desanimando,
Sem rumos de onde os caminhos me levariam,
Porém, exausto de ouvir aquela tenebrosa melodia,
A qual não cessava, e enstingava minha alma a fraquejar.

Choros e gritos, ruivos e zumbidos.
Claros e confusos, pedidos a ecoar,
Não dá pra separa-los dos acordes que tocam;
Pois, até às batidas do meu coração já não se ouvia.

Sussurros, no silêncio ao caminhar,
São levados ao vento,
De caminhos adentro, e já não sei...
Para onde me levará os caminhos a pernoitar.

domingo, março 09, 2025

Coração do errante

Transcende na alma, a calma de quem conduz.
Na sutileza do caminhar, as curvas a passar.
Dai-me senso e bom senso nas palavras;
Para descrever, sua altivez e gentileza.
Que na alma do sertanejo, há um desejo no coração.

Sou errante do sertão, que na encruzilhada da vida, pode ter observar;
Sou poeta por natureza, conduzido pela percepção do olhar;
Sou sacro, sou farto de pensamentos, mas alucinado por amar demais.
Quero tirá-la dos pensamentos, onde as almas transpiram no calor dos corpos.

Sou errante do sertão, onde a alma conduz o coração, desse pobre sofredor...
Onde a força predomina, o coração desse errante nordestino que se perdeu no seu caminho, a procura do teu olhar.
Que no silêncio aprecia a alma e a calma, de quem tu és!
Tu és formosa, como a jasmim, a mais exuberante entre as plantas.

Gentileza, que encanta e transcende nos corações,
Entre um andar e outro, baila as curvas de seu corpo,
Risos que se percebe ao vento ecoar; tornando-se armadilhas as asas de quem voa.
Li um poema, que me fez lembrar você, onde mencionava um rubi esculpido naturalmente; que poucos podem vê.
Indo vê-la, desejando tê-la, mas com senso nas palavras trocadas, espero que não esqueça.

POESIAS MAS LIDAS