Radiante

Foi intencional, parar e perceber a manifestação irradiante de sua beleza.
Foi tão forte, que causastes impactos e perplexo pude perceber, a magnifica expressão de ternura que explodiu do interior de sua alma;
Foi impressionante, inconfundível, não consegui deixar passar.
Então, me atrevi na insistência de fixar os olhos, e por um instante juntei os pensamentos, que me invadiram de tal forma, que já não consegui raciocínio lógico do que estava acontecendo.
 
Te encontrei por um instante, em meios à conflitos e pensamentos alucinógenos;
Deixar meu coração pulsar, acelerado nas entre linhas da emoção,
Foi natural, talvez irracional, algo surreal para descrever.
Mas vi, em seu sorriso, algo habitual, que irradiou o complexo da liberdade.
 
E no ápice da ilustração, me atrevo a descrevê-la de tal forma que, não me reservo das palavras que toquem o seu coração;
Com toque suave e nas carícias de suas mãos, nos fios de seus cabelos, cheia de “insanos” gestos, que ultrapassaram os limites da “perturbação” do gênero, foram naturais.
Inconformado com o momento, fitei ainda os olhos, e a cada gesticulação, percebi do pulsar do seu coração, e no calor do momento que invade os pensamentos; meus pés já não estavam no chão.

Pode sussurrar ao vento, com toda força que há no pensamento, fazendo transpirar cada momento, que me faça surtar nesta louca vida, diante de tudo que se pode sentir.
 
Quero vê-la vezes mais, em momentos naturais, para apreciar cada gesto, cada sussurrar.
Expressar nitidamente, o interior de sua alma, e fazê-la mudar de cor em cada riso, em cada circunstância que me for oportunizado.
Seja reluzente, como foste outrora, que em minha memória ficará gravada eternamente.

Incessante

Mais uma vez, aqui estou!
em busca de libertar-me dos pensamentos vagantes, que me rodeiam;
São altas horas, sem precisar saber se é dia ou noite!
Somente o brilho da lua iluminam meus olhos, que vagueiam à te procurar.
São momentos tensos e alucinógenos, como se embriagado estivesse.

Sendo herdeiro de insônia, vagueando por ruas que outrora perco-me!
Soldado de suas próprias lutas, travadas consigo mesmo;
São ritmos desconfortantes que envolvem-se e figuram-se.
Modista de suas vestes, em bailes de cordel!

Assim, inspira-me à ouvi-la em sineto ou concerto para apreciar o tempo;
Dono de si próprio, sem mancha, sem detalhes que possam envergonhar-se.
Acordei, revivi e posso contemplar as incessantes turbulências erronias, que a vida nos transfere.
Transcrevo-me em síntese, pois na alma a essência transborda,

Não posso copilar os reais sentimentos, que flertam comigo mesmo!
Mas sussurro baixinho, onde as pequenas partículas possam multiplicar-se.
Dando ao ser mais precioso, o direito de reproduzir-se; o amor.
Experimento as dores, as quais fortalecem-me incessantemente!

Guiando-me, nos caminhos mais obscuros, e juro, são leais.
Mostram-me, o que pairava em minha face; e não os viam!
Apenas, resta-me dizer, incessante serás.

Silêncio

Recorro-me de pensamentos distantes, pairo e não consigo prosseguir.
Dias vem e voltam, as nuvens continuam turvas!
Na frente do caminho estou, por onde devo prosseguir?

A chuva cai, o vendaval bravo ainda está.
Penso, e não dá para continuar, vem me encontrar!
A lua, que nua esta, não me guia a nenhum lugar!
Nem as estrelas, que apontam para o mar, ainda distantes estão de alcançar...

Sai, vai ao meu encontro e traz-me de volta meus pensamentos errantes!
Penso que irei morrer, de morte morrida ou afogado meio as lágrimas, ou empurrado pelos vendavais!
Volta, e traz minha força que desfalece assustando-me!
Grito, por dentro em silêncio, tento parar.

Mas, são tantos pensamentos, que se eu ficar para onde irei?
Se o sol ainda brilha, quero me encontrar, na praia ou a beira do mar...
Invade-me, me faz respirar, em meios à suspiros, me rompe esse medo, essa dor.
Perpetua, transcendendo meus pensamentos que de longe e de perto me retiram de ti;

E se eu cair, quem irá me levantar?
Omar bravio está, e meu barco enfrenta seus vendavais...
Tentando nos naufragar, salva-me!
Vejo-te de longe, busco-te para perto, mas há muralhas que nos afastam.
Não controlo os pensamentos, que insistem à me iludir!

E se eu não conseguir encontrar-te no caminho, para onde irei?
Se eu cair, quem me levantará?
E se as águas me afogarem, quem me socorrerá?
Busco equilibrar-me, mas os dias são difíceis...

Desânimo, meu mundo desmoronando, meus pensamentos desorganizados apontam direção diferente;
E a vida passa, não sabendo eu como prosseguir!