Nada se perde
quando o amor é sincero,
nem o tempo, nem o espaço o consome.
Ele se faz luz, mesmo em silêncio,
e se eterniza no sopro do nome.
Amar é deixar que
a alma floresça,
mesmo quando o corpo cansa.
É ver o tempo passar devagar,
e sorrir da própria esperança.
Guardei
lembranças,
Mas também feridas,
Que o tempo, sábio e paciente,
Soube transformar em vida.
Não há dor que
dure para sempre,
Nem memória que não se cure,
Mas há marcas que resistem —
Porque nasceram do amor.
São cicatrizes do
ontem,
Que contam quem fomos,
E revelam quem ainda seremos,
No espelho do tempo.
Há silêncios que
gritam,
Palavras que não ousam nascer.
No peito do poeta, o silêncio é verso,
É o espaço onde mora a fé.
O silêncio é
tempo em repouso,
É pausa entre duas respirações.
É nele que a alma escuta,
Aquilo que o mundo não ousa dizer.
O tempo passa — o
silêncio fica.
E no eco da eternidade,
O poeta entende:
Há coisas que só o coração traduz.