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quarta-feira, outubro 13, 2021

Bela

É nas cordas vibrantes do violão, na mais terna e profunda emoção,
Que a minh'alma transborda, a descrever a graça que em melodia não se confunde. 
A ternura que à luz veio, fadada a encantar, sim, singular feição;
Aquela que irradia os dias de quem a possui perto, e atrai de longe quem a contempla.

A ternura, em cada gesto, em cada tom, tão perceptível,
Que ao som da melodia, a nada mais pode ser comparada.
É de tal forma intensa que, nos risos, por vezes sutis,
Mas doces, se esconde a pureza de quem, ainda não vivido,

Busca, incansavelmente, um regador para a florir em tempos sombrios.
Eu a chamo de Bela, a que atravessa o deserto da vida,
Sem jamais perder a essência naquilo que anseia;
Em seus pensamentos, viaja, vai distante, tudo possui, tudo faz,

Mas é aqui, neste ponto, que sua alma verdadeiramente se encontra.
Em seus passos, a mais elegante performance que meus olhos puderam mirar;
Em seu olhar, reside a esperança de encontrar o amor mais puro;
Seus lábios, finos e delicados, mesmo sem o toque, revelam o mais doce favo de mel.

Seu nome… ah, pudera eu aqui mencioná-lo! Mas na ausência de recíproca união, vedado me é.
Mas a chamo de Bela, pois em cada jardim da existência,
Sempre há uma rosa digna de ser colhida…
É uma rosa que exige ser regada de profundo amor,

De bons diálogos ao despontar do sol, de infindos carinhos;
Pois nela não há espinhos que firam, mas somente flechas de amor recheadas.
Nas ondas que o vento move seus cabelos, são quais cordas sonoras,
Que transmitem as mais suaves melodias aos ouvidos;

São notas agudas e brandas, que ao as tocarmos, nos fazem refletir
No sentimento mais puro e formoso que Bela merece ter.
Proponho-me, como outrora, a apreciar este canto,
Tão suave, tão meigo, que a nada mais se confunde.

Ela é sinônimo de paz, de ternura, de júbilos e, outrossim, de fantasias…
Pois Bela encanta os que já encantados se encontram,
Apaixona os que de paixão já vivem, e é o resultado das forças que a erguem a cada alvorada.
Quisera eu ser o regador deste jardim, cuidar-lhe com todos os mimos,

Garantir que a perfeição fosse sua morada;
Que Bela jamais se perca nos devaneios que o mundo oferta,
Mas que guarde sempre sua essência e a transmita a quem mereça partilhar.
Poucas foram as linhas, mas nelas deixo sentimentos fortes e verazes,

Que talvez, em algum porvir, possam se encontrar;
Pois no coração de quem ama, sabe-se reverenciar
Aquela que, dentre as mais belas, há de se destacar.

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