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domingo, novembro 14, 2021

Meu Sonho

Desatento com o tempo, mas que me molda a persistir.
Embalado ao som do vento, que leva-me a prosseguir,
Sou escravo do tempo, que mim impulsiona nesta busca.
Sou a ave do alto céu, onde o vento não deixa cair.

Quanto mais o mundo insiste em abater-me.
Sou instigado a brotar de onde as forças já não existem;
Reflito no amanhã, quando do leito levantar-me,
Após a meditação, que na solidão da noite me sucumbiu.

Sonhos que vem e que vão, conduzidas na mão da esperança,
De possuir meu cantinho, aquele que me acolherá.
Que me dará noites aconchegantes,
No quartinho do meu pequeno lar.

Seria em meio ao pomar, onde a brisa pudesse me tocar,
Onde as borboletas com suas levezas me ensinasse a bailar;
Lugar tranquilo e sossegado, onde pudesse ouvir somente os pássaros à cantar.
E ao nascer do sol, olhar a majestade do seu brilhar.

Mesmo desatento, mas atento ao beijo doce do beija-flor,
No jardim de rosas, onde nasce o meu amor,
Aquele que no silencio, não sussurra, mais granjeia as pétalas do pomar,
Desperta-me, ó lírios do campo, vem meu sonho realizar.

sexta-feira, novembro 12, 2021

O Ecoar do Canto!

No canto, me encanto,
Sou passageiro dos pensamentos meus.
Sou apaixonado com o canto;
Que encanta o meu alento e;

Desperta meu pensamento, e este canto que me leva.
Soa no silêncio, o canto encantador;
Soa em qualquer estação, este canto de amor.
Este tempo que o canto pede,

Soa nas alturas as loucuras...
Sonhos e músicas se misturam,
Realidades não se confundem,
No canto que ecoa, que soa, que encanta...

Vai além, a quem se situa na lua, na rua, na tua...
No silêncio, ainda no encanto, que no canto entoa, atoa me encanto;
Sou lunar, quando sonho ao mar;
Na brisa que resfria, que inspira o raiar do dia;

Sou de canto, do encanto que no canto fico a fascinar,
Me leva ao pomar, onde o mar pode me tocar,
Não importa as estações ou os cantos, que o canto ecoar,
quero estar encantado com o seu cantar.

segunda-feira, novembro 01, 2021

Na Parada

Paixão que aflige, dor que me consome,
No peito um verso que teu nome clama;
Se vão as alegrias que outrora tive,
Longe do verde em teu olhar de lama.

​Teus olhos vivos que se vão de mim,
Como a esperança que se faz em brumas;
No coração me dói o medo em fim,
Perdido em trevas e em pesadas plumas.

​E a vida passa, louca locomotiva,
E o tempo corre, um trem que não me espera;
Sento na parada, alma cativa,
Olhando a montanha que tua ausência venera.

​Quero que voltes, que em meu peito habites,
Que eu me confunda em teu viver sem dor;
Que a providência, que aos meus rogos cede,
Me console em ti, em teu amor.

​Eis a pergunta que me faz a vida:
Se espero em ti ou se adentro neste trem,
Pra te buscar, alma por mim perdida,
Ou te acolher ao meu materno seio,
E te amar de novo, ó meu bem.

​O corpo se move, inquieto e sem destino,
A alma divaga, sem achar um porto;
E a loucura, um monstro, me persegue,
Alucinado, em busca do teu corpo.

E a nuvem passa, o sol enfim se vai,
E a dor de amar, sem ter quem me afague;
Choro um mar de pranto em minha alma só,
Na triste espera que o vagão traga.

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