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terça-feira, julho 08, 2025

Noite Silenciosa

A noite desce, um manto de breu,
O céu em fúria, a terra em pranto.
Cada gota, um tambor em seu auge,
O vento, um uivo, um canto de lamento.

Na janela, um reflexo, a dor se faz presente,
A alma em pedaços, um naufrágio sem farol.
O peito apertado, o pesar da saudade,
Em meio à tormenta, a alma se perde em solidão.

Lençóis de mágoa, lágrimas silenciosas,
O crepúsculo da tristeza, um abismo sem fim.
A chuva forte, espelho da melancolia,
Limpa o amargo, desfaz o que era ruim.

"Chuva, não cesses tua dança infinita!",
Sussurro ao vento, um grito que se perde.
A água lava a terra, a alma e a vida,
Em busca de consolo, a dor não se esconde.

Noite adentro, a dor e a nostalgia,
A promessa de um novo amanhecer,
A sinfonia da chuva, um eco da melancolia,
Em meio à tormenta, o homem se deixa esquecer.

A chuva cai, a dança da natureza,
O lamento do homem, a canção da alma.
Um ciclo eterno de dor e beleza,
A solidão se quebra, a esperança se acalma.

A tempestade lava a terra e o coração,
Um alento suave, um começo sem fim.
Uma jornada interior, em busca de redenção,
Noite e alma, a canção da chuva, que vive dentro de mim.

domingo, junho 01, 2025

Exuberância

Parei para olhar teus traços,
Num instante que a alma não podia imaginar!
Uma visão tão perfeita,
Que meus olhos, extasiados, puderam contemplar.

Foi numa noite estrelada,
Sob o véu de um vestido azul,
Que pude ver a beleza tão singela,
Que fez meu ser inteiro estremecer.

Olhei para cada detalhe,
Em deleite me perdi;
Meus olhos, ávidos, desejaram
A imagem que ali vi.

Foi tão repentino,
Admirar as curvas que o corpo traça;
São tantas as belezas,
Que me pus a sonhar.

Se achaste que foi só isso
Que chamou minha atenção!
Não me julgues de outra forma,
E não leves ao coração;

Teus cachos, preciosos,
Ondulavam com uma elegância jamais vista;
Moldados como pétalas de rosa,
Naquela noite em que os vi, um encanto à vista.

Um sorriso exuberante,
Daquele rosto doce e angelical surgiu;
A menina, tão meiga e radiante,
De sua caverna, enfim, floriu.

terça-feira, maio 27, 2025

Chuva Tempestuosa

Chove lá fora.
A noite escura está;
Descanse agora,
Espere o sol raiar.
 
Lá fora chove forte!
Trovões e tempestade no ar,
A noite será fria,
E a saudade de quem não quis ficar!
 
No silêncio, o vento sopra.
Vagando no meio mar;
São ondas navegantes,
Esperando ao porto chegar.
 
Descanse, a noite longa será;
Sinta a brisa da chuva passar.
Descanse, dos fardos do dia;
Deixe os risos lhe alcançar!
 
Noites como essas, já pude enfrentar!
Escondendo - me entre os lenções.
Só me ponho a chorar...
Não sei se te invejo, chuva brava a pernoitar.
 
Chove muito lá fora.
Aqui dentro só solidão!
Angustiado bate no peito;
Atormentado meu coração.
 
Chove chuva forte.
Não quero que pare não;
Assim me faz repousar;
E me recobrar minha razão.
 
Chove chuva forte, e molha todo o chão.
Não te esqueças, oh chuva forte de molhar o meu colchão;
Por que, não faz sentido; oh chuva tempestuosa;
Ele molhar com as lagrimas da solidão.

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