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terça-feira, outubro 14, 2025

Viver é Sofrer

Viver é sofrer, a velha canção
Que a alma entoa em cada pulsão,
É ter no peito a Fé que não morre,
O sol que a Amor em cada ser corre.
 
No labirinto onde a sorte se esconde,
O corpo chama, a chama se acende,
É a tesão da vida, rubra, voraz,
Que quer o instante e não olha para trás.
 
É o toque quente, o beijo que arde,
A busca insana que chega e que invade,
Querer o mundo, a pele, o prazer,
Beber o gozo, intensamente viver.
 
Mas a frustração tece a sua trama,
O nó na garganta, a dor que se derrama.
A Fé vacila quando o céu se fecha,
O Amor se esvai, vira areia, brecha.
 
A carne que vibra, o desejo que pulsa,
Encontra barreiras, a vida o repulsa.
O querer viver na mais pura volúpia,
Choca-se no muro da própria utopia.
 
Pois o sofrimento é a sombra que segue,
A prova de fogo, o peso que se lhe nega.
Viver é lutar, entre a luz e a treva,
Onde a alegria sempre traz a seva.
 
Mas na queda, a força que se refaz,
Na cicatriz, a beleza que a vida traz.
A Fé renasce na dor que ensina,
E a Amor, mesmo ferido, ainda caminha.
 
É aceitar a lágrima, o espinho e a rosa,
Essa intensa vida, linda e dolorosa.
Viver é sofrer, sim, mas com fulgor,
No turbilhão da Fé, Tesão e Amor.

Tua Ausência, Meu Silêncio

Teu silêncio grita no meu peito,
feito eco de amor não dito.
E cada lembrança é um retrato,
de um tempo que não foi esquecido.

Caminho entre ruínas de sonhos,
que o tempo insiste em reconstruir.
E mesmo ausente, teu nome é prece,
que o coração insiste em repetir.

Se eu Fosse o Vento

Se eu fosse o vento,
te envolveria em ternura.
Beijaria teus cabelos,
e sussurraria em doçura.

Seria brisa ao teu amanhecer,
seria calma ao teu entardecer.
E mesmo longe, em ti moraria,
como um sopro que nunca se esvazia.

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