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segunda-feira, outubro 18, 2021

Eu e o Tempo

Neste momento de reflexão comigo mesmo, ponho-me em completa desolação. 
Pensando no tempo que as coisas eram mais simples, mais serena;
Tempos em que a vida adulta não chegava, que as responsabilidades não batiam à porta;
Mas, são meus pensamentos fluindo aos poucos, em uma escuridão tão vazia, que as lagrimas rolam sem que eu perceba o tempo passar.

Quando ainda criança, via-me em lugares extraordinário de lindo,
Era um tempo, em que podíamos sonhar, sem nos preocupar com o amanhã;
Brincávamos de roda, de esconde-esconde, de procura o anel, eram bons tempos,
Tempos estes que não voltam mais, aquela velha risada na roda de amigos, era mais que natural,

Momentos, que jamais sairão da memoria, que ficarão pra sempre eternizados na historia.
Eh, uma saudade que no silêncio da nostalgia não se confunde,
Assombra os maus pensamentos, que outrora invadem minha mente para desviar-me a atenção;
Hoje, meus dias não tem tempo, mesmo que de olho no relógio, perco o tempo até para ir ao encontro do que amo mais do que tudo,

Mesmo que eu queira apagar as memorias guardadas com o tempo, este não me permite perde-las.
E eu, que sou extremamente melancólico, talvez nostálgico demais, ponho-me a refletir,
Que poderia eu ser mais centrado, mais ousado, mais disposto a sair desse fosso que tanto me atrai;
Se o tempo, sim, se o tempo voltasse e oportunizasse-me a deleita-te, eu não perderia o tempo em esta contigo,

São tantas a lembranças, que meus olhos secam na ausência de lagrimas,
Portanto, peço-te que não deixe o tempo levar os melhores momentos que havíamos vividos, compartilhados, e ate mesmo sendo cumplices de nossas tramas e traumas apurados no decorrer do tempo.
Não precisa se manifestar, não precisa relatar nenhum desses momentos;
Basta apenas compreender que o tempo já levou todas as lagrimas e tudo que de ruim aconteceu, pois no coração de quem ama, não há espeço para guardar ódio, nem duvidas, neste pequeno espaço oco, só existe espaço para acumular amor, que transborda em rascunhos de papel.

Porque, diante de tantas desistências e indefinições, o tempo nos ensinou e nos mostrou o quanto somos imperfeitos e cruéis com nós mesmo.
Você que ainda não percebeu, que o tempo te maltratou e que a vida esta proporcionando uma nova chance,
Recomece, saia dessa nostalgia que te maltrata tanto, dessa rotina que não te leva a nada;
Deixe fluir em si, a força que ainda existe dentro de teu ser,

Renove-se e seja luz para os novos tempos que esta por vim,
Porquê eu ainda estou aqui, amadurecendo cada dia, esperando o tempo passar para ter novas alegrias.
Que o tempo e somente ele, nos conceda a oportunidade de construirmos novas lembranças, guardar  as velhas e boas em um cantinho seguro, pois serão elas que nos guiarão sempre à frente.
Eu e o tempo, discutindo os melhores momentos que a vida nos dá.

sexta-feira, outubro 15, 2021

Preso Estou!

A vida nos prega cada peça, que não sabemos explicar.
Sou andarilho por lugares que não conheço,
Sou esquecido na estrada, em lugar nenhum,
Estou preso a correntes posto pelas armadilhas que o mundo adotou.

Sou algo de um dilema, que em seu emblema, causa tamanha dor,
Estou preso ao passado, que não atrasa e cobra a conta da vida de quem não pagou...
Vou sem rumo, perdido em pensamentos, me questionando quem eu sou,
Já passei em vendavais, mas nenhum deles me derrotou;

Estou preso, nas mãos de Maria (não da idolatria), que aos poucos me amarrou.
Mesmo no ápice da fantasia, sim na extrema agonia,
Pensamentos que no vulto da sincronia, Ela dança a desfilar;
São tantas as melodias, que reveladas com maestria, Maria continua a duvidar...

Aos poucos, me envolvo a cada troco que a vida dá,
Continuo preso, e a cada preço, tropeço nos encantos que na voz suave de Maria;
causa grande alegria, impulsionando e fazendo a vida gritar.
Sai depressa, que na alma pesa as voltas que o mundo dá.

Sente a brisa na caminhada, pois quem sabe na parada,
Uma nova estrada venha vinslubrar;
Tira pois, as minhas algemas, as ataduras que encobrem tanta dor,
Se um dia eu morrer, que seja de amor.

Mas, vem depressa...
Encontra-me no caminhar;
Quero ser livre, pois há um medo grande que me rodeia;
Sim, este medo continua me deixando preso na sua teia.

Um prisioneiro do amor.

quarta-feira, outubro 13, 2021

Bela

É nas cordas vibrantes do violão, na mais terna e profunda emoção,
Que a minh'alma transborda, a descrever a graça que em melodia não se confunde. 
A ternura que à luz veio, fadada a encantar, sim, singular feição;
Aquela que irradia os dias de quem a possui perto, e atrai de longe quem a contempla.

A ternura, em cada gesto, em cada tom, tão perceptível,
Que ao som da melodia, a nada mais pode ser comparada.
É de tal forma intensa que, nos risos, por vezes sutis,
Mas doces, se esconde a pureza de quem, ainda não vivido,

Busca, incansavelmente, um regador para a florir em tempos sombrios.
Eu a chamo de Bela, a que atravessa o deserto da vida,
Sem jamais perder a essência naquilo que anseia;
Em seus pensamentos, viaja, vai distante, tudo possui, tudo faz,

Mas é aqui, neste ponto, que sua alma verdadeiramente se encontra.
Em seus passos, a mais elegante performance que meus olhos puderam mirar;
Em seu olhar, reside a esperança de encontrar o amor mais puro;
Seus lábios, finos e delicados, mesmo sem o toque, revelam o mais doce favo de mel.

Seu nome… ah, pudera eu aqui mencioná-lo! Mas na ausência de recíproca união, vedado me é.
Mas a chamo de Bela, pois em cada jardim da existência,
Sempre há uma rosa digna de ser colhida…
É uma rosa que exige ser regada de profundo amor,

De bons diálogos ao despontar do sol, de infindos carinhos;
Pois nela não há espinhos que firam, mas somente flechas de amor recheadas.
Nas ondas que o vento move seus cabelos, são quais cordas sonoras,
Que transmitem as mais suaves melodias aos ouvidos;

São notas agudas e brandas, que ao as tocarmos, nos fazem refletir
No sentimento mais puro e formoso que Bela merece ter.
Proponho-me, como outrora, a apreciar este canto,
Tão suave, tão meigo, que a nada mais se confunde.

Ela é sinônimo de paz, de ternura, de júbilos e, outrossim, de fantasias…
Pois Bela encanta os que já encantados se encontram,
Apaixona os que de paixão já vivem, e é o resultado das forças que a erguem a cada alvorada.
Quisera eu ser o regador deste jardim, cuidar-lhe com todos os mimos,

Garantir que a perfeição fosse sua morada;
Que Bela jamais se perca nos devaneios que o mundo oferta,
Mas que guarde sempre sua essência e a transmita a quem mereça partilhar.
Poucas foram as linhas, mas nelas deixo sentimentos fortes e verazes,

Que talvez, em algum porvir, possam se encontrar;
Pois no coração de quem ama, sabe-se reverenciar
Aquela que, dentre as mais belas, há de se destacar.

POESIAS MAS LIDAS