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sexta-feira, novembro 12, 2021

O Ecoar do Canto!

No canto, me encanto,
Sou passageiro dos pensamentos meus.
Sou apaixonado com o canto;
Que encanta o meu alento e;

Desperta meu pensamento, e este canto que me leva.
Soa no silêncio, o canto encantador;
Soa em qualquer estação, este canto de amor.
Este tempo que o canto pede,

Soa nas alturas as loucuras...
Sonhos e músicas se misturam,
Realidades não se confundem,
No canto que ecoa, que soa, que encanta...

Vai além, a quem se situa na lua, na rua, na tua...
No silêncio, ainda no encanto, que no canto entoa, atoa me encanto;
Sou lunar, quando sonho ao mar;
Na brisa que resfria, que inspira o raiar do dia;

Sou de canto, do encanto que no canto fico a fascinar,
Me leva ao pomar, onde o mar pode me tocar,
Não importa as estações ou os cantos, que o canto ecoar,
quero estar encantado com o seu cantar.

segunda-feira, novembro 01, 2021

Na Parada

Paixão que aflige, dor que me consome,
No peito um verso que teu nome clama;
Se vão as alegrias que outrora tive,
Longe do verde em teu olhar de lama.

​Teus olhos vivos que se vão de mim,
Como a esperança que se faz em brumas;
No coração me dói o medo em fim,
Perdido em trevas e em pesadas plumas.

​E a vida passa, louca locomotiva,
E o tempo corre, um trem que não me espera;
Sento na parada, alma cativa,
Olhando a montanha que tua ausência venera.

​Quero que voltes, que em meu peito habites,
Que eu me confunda em teu viver sem dor;
Que a providência, que aos meus rogos cede,
Me console em ti, em teu amor.

​Eis a pergunta que me faz a vida:
Se espero em ti ou se adentro neste trem,
Pra te buscar, alma por mim perdida,
Ou te acolher ao meu materno seio,
E te amar de novo, ó meu bem.

​O corpo se move, inquieto e sem destino,
A alma divaga, sem achar um porto;
E a loucura, um monstro, me persegue,
Alucinado, em busca do teu corpo.

E a nuvem passa, o sol enfim se vai,
E a dor de amar, sem ter quem me afague;
Choro um mar de pranto em minha alma só,
Na triste espera que o vagão traga.

sexta-feira, outubro 29, 2021

Flechas e Cicatrizes

Flechas me transpassam,
maltratam.
Feridas que não cicatrizam,
jorram lágrimas de sangue.

A ansiedade de reconstruir
os poucos momentos únicos
que vivemos.

Meu coração não se contém.
Minha alma, manchada,
não suporta a sua ausência,
os arranjos que construímos.

Não dá pra voltar,
não dá pra esquecer.
Sua presença foi forte,
sua partida, vazia.
Noites tenebrosas,
angustiantes.

O sono me abandona.
A dor não esconde as manchas
tatuadas na alma.
Preciso ter você,
nem que de longe,
para a alma sossegar.

O mel dos seus lábios,
favos que lavam e mancham.
Trêmulo na utopia
que a vida criou, e dispersou.

Sou réu,
neste banco,
fadado a esperar
que me tirem da prisão.
Sedento, ardente em chama.

Nem a chuva, nem a lâmina
poderiam apagar
as manchas da saudade.
Queria reconstruir,
uma única vez,
deixar o medo evaporar.

Solidificar o amor
entre eu e você.
Se cabe na palma da minha mão,
preciso te esculpir,
uma obra perfeita.

Deixaste manchas em mim,
com detalhes riquíssimos
impregnados no meu corpo.
Escrevo-te em olhares,
sondo teus pensamentos,
teus suspiros,
tua alma que me chama
a te deleitar.

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