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quarta-feira, julho 09, 2025

Elegância de uma Tarde de Primavera

No alvorecer da tarde, a primavera,
Onde o aroma das flores se eternizava,
Pareceu-me ver a beleza inteira
Quando teu ser radiante se mostrava.

Teus olhos, serenos como o mar em calma,
Espelho da alma, em serena paz.
Um tremor sutil tocou minha alma,
Perdido em tua beleza, e nada mais.

Em teu sorriso, a luz que rompe a nuvem,
Como um raio de sol, pura e tão suave.
Cada gesto teu, notas de um poema,
Que a brisa da tarde, em mim, trazia.

Tuas mãos, em teus cabelos, eram melodia,
Uma sinfonia de um céu tão profundo,
E em meu coração, uma nova sinfonia,
Era como um calor de um amor fecundo.

Em sussurros ao vento, eu te descrevi,
Minha alma transbordou em gratidão,
Em tua essência, me perdi, me achei
Numa obra-prima de inspiração.

És a rosa de Saron, a beleza de Jerusalém,
A nobreza em teu ser se faz prece,
Elegância em teu olhar me leva além,
E todo o meu ser, teus encantos reconhece.

Guardo em mim a lembrança dessa tarde,
Da tua essência de vivacidade e mistério,
Em cada palavra que o peito arde,
Escrevo um amor, que se tornou um império.

terça-feira, julho 08, 2025

Noite Silenciosa

A noite desce, um manto de breu,
O céu em fúria, a terra em pranto.
Cada gota, um tambor em seu auge,
O vento, um uivo, um canto de lamento.

Na janela, um reflexo, a dor se faz presente,
A alma em pedaços, um naufrágio sem farol.
O peito apertado, o pesar da saudade,
Em meio à tormenta, a alma se perde em solidão.

Lençóis de mágoa, lágrimas silenciosas,
O crepúsculo da tristeza, um abismo sem fim.
A chuva forte, espelho da melancolia,
Limpa o amargo, desfaz o que era ruim.

"Chuva, não cesses tua dança infinita!",
Sussurro ao vento, um grito que se perde.
A água lava a terra, a alma e a vida,
Em busca de consolo, a dor não se esconde.

Noite adentro, a dor e a nostalgia,
A promessa de um novo amanhecer,
A sinfonia da chuva, um eco da melancolia,
Em meio à tormenta, o homem se deixa esquecer.

A chuva cai, a dança da natureza,
O lamento do homem, a canção da alma.
Um ciclo eterno de dor e beleza,
A solidão se quebra, a esperança se acalma.

A tempestade lava a terra e o coração,
Um alento suave, um começo sem fim.
Uma jornada interior, em busca de redenção,
Noite e alma, a canção da chuva, que vive dentro de mim.

domingo, junho 01, 2025

Exuberância

Parei para olhar teus traços,
Num instante que a alma não podia imaginar!
Uma visão tão perfeita,
Que meus olhos, extasiados, puderam contemplar.

Foi numa noite estrelada,
Sob o véu de um vestido azul,
Que pude ver a beleza tão singela,
Que fez meu ser inteiro estremecer.

Olhei para cada detalhe,
Em deleite me perdi;
Meus olhos, ávidos, desejaram
A imagem que ali vi.

Foi tão repentino,
Admirar as curvas que o corpo traça;
São tantas as belezas,
Que me pus a sonhar.

Se achaste que foi só isso
Que chamou minha atenção!
Não me julgues de outra forma,
E não leves ao coração;

Teus cachos, preciosos,
Ondulavam com uma elegância jamais vista;
Moldados como pétalas de rosa,
Naquela noite em que os vi, um encanto à vista.

Um sorriso exuberante,
Daquele rosto doce e angelical surgiu;
A menina, tão meiga e radiante,
De sua caverna, enfim, floriu.

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