Tradutor

terça-feira, outubro 14, 2025

Viver é Sofrer

Viver é sofrer, a velha canção
Que a alma entoa em cada pulsão,
É ter no peito a Fé que não morre,
O sol que a Amor em cada ser corre.
 
No labirinto onde a sorte se esconde,
O corpo chama, a chama se acende,
É a tesão da vida, rubra, voraz,
Que quer o instante e não olha para trás.
 
É o toque quente, o beijo que arde,
A busca insana que chega e que invade,
Querer o mundo, a pele, o prazer,
Beber o gozo, intensamente viver.
 
Mas a frustração tece a sua trama,
O nó na garganta, a dor que se derrama.
A Fé vacila quando o céu se fecha,
O Amor se esvai, vira areia, brecha.
 
A carne que vibra, o desejo que pulsa,
Encontra barreiras, a vida o repulsa.
O querer viver na mais pura volúpia,
Choca-se no muro da própria utopia.
 
Pois o sofrimento é a sombra que segue,
A prova de fogo, o peso que se lhe nega.
Viver é lutar, entre a luz e a treva,
Onde a alegria sempre traz a seva.
 
Mas na queda, a força que se refaz,
Na cicatriz, a beleza que a vida traz.
A Fé renasce na dor que ensina,
E a Amor, mesmo ferido, ainda caminha.
 
É aceitar a lágrima, o espinho e a rosa,
Essa intensa vida, linda e dolorosa.
Viver é sofrer, sim, mas com fulgor,
No turbilhão da Fé, Tesão e Amor.

Tua Ausência, Meu Silêncio

Teu silêncio grita no meu peito,
feito eco de amor não dito.
E cada lembrança é um retrato,
de um tempo que não foi esquecido.

Caminho entre ruínas de sonhos,
que o tempo insiste em reconstruir.
E mesmo ausente, teu nome é prece,
que o coração insiste em repetir.

Se eu Fosse o Vento

Se eu fosse o vento,
te envolveria em ternura.
Beijaria teus cabelos,
e sussurraria em doçura.

Seria brisa ao teu amanhecer,
seria calma ao teu entardecer.
E mesmo longe, em ti moraria,
como um sopro que nunca se esvazia.

O Amor que Permanece

Nada se perde quando o amor é sincero,
nem o tempo, nem o espaço o consome.
Ele se faz luz, mesmo em silêncio,
e se eterniza no sopro do nome.

Amar é deixar que a alma floresça,
mesmo quando o corpo cansa.
É ver o tempo passar devagar,
e sorrir da própria esperança.

Espelho do Tempo

Guardei lembranças,
Mas também feridas,
Que o tempo, sábio e paciente,
Soube transformar em vida.

Não há dor que dure para sempre,
Nem memória que não se cure,
Mas há marcas que resistem —
Porque nasceram do amor.

São cicatrizes do ontem,
Que contam quem fomos,
E revelam quem ainda seremos,
No espelho do tempo.

Quando o Silencio Fala

Há silêncios que gritam,
Palavras que não ousam nascer.
No peito do poeta, o silêncio é verso,
É o espaço onde mora a fé.

O silêncio é tempo em repouso,
É pausa entre duas respirações.
É nele que a alma escuta,
Aquilo que o mundo não ousa dizer.

O tempo passa — o silêncio fica.
E no eco da eternidade,
O poeta entende:
Há coisas que só o coração traduz.

Versos Eternos

Escrevo o que o tempo não apaga,
Pois o que é verdade, vive além do pó.
O amor, a fé, a dor e a saudade,
São versos que a eternidade decora.

Não temo o esquecimento,
Pois quem escreve com a alma,
Não precisa de lembranças —
Precisa apenas de sentimento.

E quando o último dia chegar,
Que o tempo leia meus versos ao vento,
E que minha poesia, livre e leve,
Continue o diálogo com o infinito.

segunda-feira, outubro 13, 2025

Amor de Outono

Cai a folha, o vento sopra,
e a tarde se despede do sol.
Mas o amor que nasceu no outono
permanece firme, sem arrebol.

Há calor mesmo no frio do tempo,
há desejo mesmo em despedida.
Porque o amor não morre ao vento,
apenas muda o tom da vida.

domingo, outubro 12, 2025

Monumento Morena

Em meio ao tempo, surge em luz e cor,
Não é de mármore, é de um fulgor.
Morena jovem, que a beleza veste,
Com traços fortes que o olhar ateste.
 
Seu corpo, arte viva, um dom tão raro,
Escultural, o mais sublime amparo.
Curvas que a graça emoldurou com calma,
Um templo feito para abrigar a alma.

Da pele macia, aveludado tom,
Beijo do sol, que em seu calor se pôs.
E os fios da noite, em cascatas soltas,
Cabelos ondulados, em mil voltas.
 
No andar, a leveza que desnuda a força,
E o mundo para, quando ela se move e orça.
Não é miragem, sonho ou devaneio,
É um monumento onde o desejo tem freio.
 
Tem o riso breve, um mistério ardente,
Jovem morena, intensa e eloquente.
Obra-prima, sem igual, de raro efeito,
Um monumento de mulher, perfeito. 

sexta-feira, outubro 10, 2025

Metade de Mim

Metade de mim é riso,
a outra é lágrima contida.
Sou o sim e o não, o abismo e o chão,
a alma que chora e é vida.

Metade de mim é coragem,
a outra é medo de perder.
Mas em todas as metades que me formam,
é teu amor que me faz ser.

O Beijo que Ficou

Houve um beijo que ficou,
entre o ontem e o amanhã.
Um instante preso no tempo,
feito estrela que não se apaga.

Foi semente que o vento levou,
mas que floresceu dentro do peito.
E ainda que o tempo me cale,
ele fala no silêncio do meu jeito.

Um beijo que não teve fim,
que ecoa no infinito de mim.
E toda vez que lembro,
é como se o amor dissesse: sim.

Entre o Adeus e o Sempre

O amor partiu na curva da estrada,
mas deixou pegadas no chão da alma.
E cada passo que se distancia,
é também retorno em calma.

O tempo, esse velho amante,
levou o corpo, mas não levou o sentir.
Porque o amor que é de verdade,
nunca se vai, apenas decide dormir.

E quando o vento sopra o teu nome,
o coração desperta em oração.
Pois o amor que não morre,
é o que vive em recordação.

Primavera dos Sentidos

Na primavera dos sentidos,
a alma floresce em cor.
É o instante em que o toque é perfume,
e o olhar, a canção do amor.

Teus gestos são pétalas ao vento,
meu corpo, o chão que te acolhe.
Teus beijos são frutos maduros,
que o desejo colhe e recolhe.

E se o tempo leva o perfume,
a lembrança é o que restará,
pois amar é plantar o eterno
onde o coração quer ficar.


Te Amo em Silêncio

Te amo em silêncio,
como o sol que beija o mar,
sem ruído, sem palavras,
apenas com o toque do olhar.

Te amo no tempo em que o vento sopra,
e as folhas dançam sobre o chão.
Te amo nas horas em que a vida cala,
e o coração fala em oração.

Te amo nas entrelinhas da saudade,
nos versos que o tempo me ensinou.
Mesmo quando a dor é tempestade,
é teu nome que o amor sussurrou.

Ciclos

Há ciclos que nascem da dor,
Outros que florescem do amor.
O tempo não apaga — ele molda.
E o que se quebra, renasce mais forte.

A vida é uma roda em constante rotação,
Um relógio sem ponteiros,
Que marca não as horas,
Mas os sentimentos.

Cada recomeço é uma nova aurora,
Cada fim, apenas o véu de uma pausa.
E o poeta, no centro do tempo,
Segue escrevendo, sempre recomeçando.

Lembranças do Poeta

O tempo me visita, silencioso,
Senta-se comigo na varanda da vida.
Não fala — apenas observa, paciente,
Enquanto eu tento escrever o que ele sente.

Traz consigo o cheiro do ontem,
O eco de risos que já se perderam,
E as pegadas que a chuva apagou,
Mas que o coração insiste em lembrar.

Diz-me o tempo, em voz de vento:

“Não temas o que parte,
pois o que é teu, permanece no sopro da lembrança.”

E assim sigo, amigo do tempo,
Aprendendo com seus silêncios,
Que poesia é o instante
Em que o efêmero toca o eterno.

terça-feira, outubro 07, 2025

Teu Olhar

É no espelho d'alma, onde a luz repousa,
Que o teu olhar, quieto, a vida me revela.
Não é de fala alta, nem de frase ousada,
Mas um silêncio azul que me incendeia a vela.

Como a maré que volta e toca a areia fria,
Trazendo o sal do vasto e o segredo do mar,
Teus olhos me visitam, finda a ventania,
E fazem o meu caos, por um instante, parar.

Não sei de que matéria és feito, nem a cor exata,
Se é de mel que escorre ou noite de veludo,
Só sei que nele o tempo se curva e se desata,
E o que era simples vira o meu mundo tudo.

É a âncora invisível no porto dos meus dias,
O mapa que perdi e, enfim, voltei a achar.
Em tua órbita navegam as minhas fantasias,
Porque a poesia inteira mora em Teu Olhar.

sábado, setembro 27, 2025

Te Sondo

Ó Luz que me acendes onde jaz a sombra,
E que aos ouvidos minha Poesia entoa,
Tu, distante, que minha vista assombra
Com a beleza que em teu semblante boia.

​Desde longe, os olhos em teu vulto fitos,
Como o Luciérnaga no negror da noite,
Vislumbro os teus traços, não mais contritos,
E a inspiração me veste qual veste que a coite.

​Te sondo, alma pura, em tua essência rara,
Com ardor que o tempo jamais há de extinguir;
És a Estrela na névoa, a claridade clara,
O Verso que vive para sempre florir.

​Do Coração aflito te sonda a saudade,
Em busca do Éter que a tua graça exala;
Pois me deste a Lume à vasta escuridade,
E em ti só reside a Verdade que me embala.

quinta-feira, setembro 18, 2025

Coração de Flor

A flor que surge no horizonte azul
na colina que a noite esconde,
o tempo parece parar e a saudade se esvai.

Coração em alto mar,
surgindo com a vela e a proa,
a lua sorriu para nós e não nos deixou a sós.

O silêncio fala por nós,
em cada olhar, uma canção,
na melodia do teu toque, o tempo de um beijo.

Nas ondas que nos levam,
e na brisa que nos envolve,
nosso segredo é o horizonte,
nosso amor, o mar que nos acolhe.

segunda-feira, setembro 08, 2025

Solidão e Semente

Ó rua da solidão, que a alma fere,
Em ti, a angústia em mim faz morada.
Desço a ladeira, meu ser, um sem-fim,
E de meu próprio encontro, fujo, nada.

Meus olhos te buscam, meu coração te elege,
E em teu arado, amor, me ponho.
Sou tua terra, teu chão, tua serventia,
Tu, semente que a dor finda e queima.

Sejas a semente, que a solidão exila,
E nesta terra, que de ti se nutre,
Faz de mim um campo fértil,
Onde a angústia não mais se cultive.

Soneto Volúvel e Crônico

Amo teu ser volúvel e inconstante,
Em cada olhar, uma nova canção.
Um amor que é crônica e instante,
Em teus beijos, minha eterna prisão.

És a luz que cega e fascina,
A tempestade que me eleva ao céu.
És a certeza que a dúvida ensina,
E no teu caos, encontro meu véu.

Assim, neste amor sem regra ou razão,
Sou o eco que o teu passo inspira,
A página que escreve esta paixão,
A melodia que a tua alma respira.

Amor que é crônica, volúvel e vário,
Em ti, meu ser é eterno e diário.

domingo, setembro 07, 2025

Renovação da Alma.

Hoje me senti só.
Sem forças para prosseguir,
Mas me veio tua presença,
E me disse: filho Eu estou aqui!

Vi teus medos que te assombram;
Então filho meu, vim te visitar
E mostrar para você que sempre
Estive perto de ti.

Pai, conforta meu coração;
Tira de mim, esta dor, esta solidão.
Quero te sentir, como as águas do rio,
Lavando meu interior,

Renova-me, Senhor!
E faz-me nova criatura!
Tua face quero vê,
E tua bondade me sustenta.

E tua presença, me dá poder!
Vem tocar minha alma, oh Senhor!
Transforma meu ser Espírito Santo.
Cura-me de meus medos.
Só em Ti, eu posso viver!

terça-feira, setembro 02, 2025

Voa Liberdade

Voa, liberdade, voa alto,
Leva este amor que parte e se cala.
Leva o que resta do meu alento
E o pensamento que à procura se espalha.

Voa, liberdade, e lava minha alma,
Lava o ar que ela tocou e que agora me agonia.
Leva o meu ser, minha paz, minha calma,
Na esperança de a ter de volta um dia.

Voa, liberdade, e traz meu amor,
Pois dela me parte a vida e a cor.
Seja a esperança que nunca morre,
E que ela volte, pra perto de onde não deveria ter fugido.

O Que Eu Sou

Sou o que sou, sem amarras,
Leve, sereno e solto, no ar.
A brisa da manhã que se espalha,
O calor do Sol para te aquecer.

Sou a luz que ilumina teus passos,
O guia na escuridão mais densa.
Sou a calma em meio aos cansaços,
A verdade que a alma repensa.

sábado, agosto 23, 2025

Um novo ciclo.

O tempo é um rio, e em suas águas, tudo se renova.
O sucesso não tem pressa, nem hora marcada,
para alguns é um sol que surge, para outros,
uma estrela que brilha tardiamente.
Ao olhar o horizonte, as possibilidades nos cercam,
nos nutrem, nos fortalecem.
Somos o que podemos ser, e o que queremos alcançar.
Sonhamos em ser guardiões deste mundo,
e para isso, planejamos cada passo.

Este ano foi um desafio, uma batalha diária.
Aqueles que passaram deixaram sua marca,
seus melhores momentos.
Outros continuam, incansáveis,
em busca de algo grandioso.
E os que chegaram, já encontraram um lugar,
uma parceria capaz de eternizar seus nomes
no mural da história.

Deixe fluir o que já foi,
e faça florescer novas memórias.
Encha o peito de gratidão,
porque cada dia foi um aprendizado,
uma lição sobre ser melhor.
Nossa missão é cuidar do nosso lar,
o planeta que nos acolhe,
e manter em nosso peito a paz e a harmonia.
Por isso, celebrem, sorriam.
A alegria é a resposta.

É hora de agradecer, pois a jornada foi dura,
mas a recompensa é um coração grato.
Que venha uma nova fase, um novo ritmo,
novos ideais.
Que a gente aprenda a solucionar o que for preciso,
e a aprimorar o que já existe.
Porque juntos somos mais fortes,
e a determinação já é nossa herança.
Avante!

segunda-feira, agosto 18, 2025

O Poeta e o Tempo

Das pedras que jogam ao vento,
faço o alicerce do meu chão.
Das nuvens que lavam o lamento,
faço a semente da minha canção.

Meus olhos chorosos e a voz trêmula,
são versos em busca de um refrão.
E se a tempestade me assusta,
o amor pela vida é meu coração.

Não me perco na mágoa que assola,
não me rendo ao pranto que isola.
Eu sou a própria poesia,
e a vida é a rima que cola.

No peito, a dor que a poesia exala,
e no amor, a força que não morre.
Preso em cada segundo que me escapa,
em cada verso me liberto, renasço, me amparo.

Sou o poeta que se afoga e se salva,
sou a lágrima que o verso transforma em pérola.
Sou a melancolia que me abraça,
mas sou a coragem que me levanta.

domingo, agosto 17, 2025

Minha força, minha desilusão.

Minha força, rochedo firme,
Na fé que a vida me inspira.
Cada golpe, um novo cume,
Que o meu peito ergue e aspira.

​Ergui muralhas, de suor e garra,
Com a certeza de quem ama.
Renasci da cinza que me barra,
Numa luta que a verdade clama.

​Pois onde a força se fez morada,
O amor plantou a mais linda flor.
Fui curado na mais pura estrada,
Pela fé, que acende meu vigor.

​Confiei no brilho dos olhares,
Nas palavras de quem me abraçava.
A fé remove as sombras dos ares,
Na luz que a alma me renovava.

​Minha força de antes não padece,
Ao ver que meu escudo foi a mão
Que o amor estende e me aquece,
Pois na fé não há desilusão.

domingo, agosto 10, 2025

O Fidalgo Coração

Pai, lição de vida, missão do ser,
A forja do tempo que nos faz valer.
O fidalgo espírito, a luta sem temor,
Com a força do século, de honra e valor.

Audacioso e bravo, com sua rude lide,
Que afronta a natura, o que o mundo decide.
É ele o sustento, o porto seguro,
No seu peito há o lume que enfrenta o escuro.

Ama com a força que excede o chão,
E ergue a família à mais alta mansão.
Assim se faz a vida, lição de viver,
Um legado forjado em amor e poder.

sexta-feira, agosto 08, 2025

Esperança na Janela do Tempo.

A flor que em meu jardim resiste, à espera do sol,
É a força que em meu peito brilha, como um farol.
A carruagem, hoje, não me leva ao passado,
É o sonho que me impulsiona para um futuro traçado.

A toalha molhada no chão, o orvalho da manhã,
É a lágrima de ontem que a esperança desfaz e banha.
E os risos, que outrora pareciam perdidos,
Hoje são promessas que ecoam em corações unidos.

A flor que resiste, em seu botão, a nova cor revela,
A carruagem segue, e o caminho, a luz da aurora o sela.
A toalha no chão, ao sol, há de secar a dor que a vida tece,
E os risos, em um futuro de paz, anunciam que um novo tempo acontece.

sexta-feira, agosto 01, 2025

Minha Doce Lembrança

Em meu peito, a dor ecoa o tempo que se foi,
Um vazio que a alma, em desalento, não perdoa.
Mas em ti, minha doce lembrança, vejo a nova história
Que a luz do amanhã, em nossos corações, semeia.

És forte como o carvalho que enfrenta o vendaval,
E leve como a pluma que o vento faz voar.
O teu sorriso, farol que desfaz a escuridão,
Os teus olhos, estrelas que me guiam, a me iluminar.

Uma brasa viva que queima, ardendo em paixão,
Aquecendo a minha alma, que o teu amor quer salvar.
Mas em ti, a briga interna, a dor da aflição,
Que te impede de achar a paz, e de se encontrar.

Busca em teu íntimo a cura para a ferida,
Liberta-te dos medos, das birras que te amargam a vida.
Deixa-me guiar-te na jornada, para que possas vencer a dor,
E em mim, a paz que te tranquiliza, a força do meu amor.

Tu és minha doce lembrança, meu porto seguro,
O alento da alma, o eterno amor.
Renasce das cinzas, em um novo futuro,
E deixa que o nosso amor, te mostre o seu valor.

segunda-feira, julho 28, 2025

Vênus, Fulgor e Essência.

Em teu semblante, Vênus, fulgor singular,
Mulher brasileira, de fibra e de olhar.
Elegância que emana, graça que reside,
Alma potente que a história decide.

Teus olhos, castanhos, da cor do sertão,
Guardam a força, a garra, a pura emoção.
Não és somente a beleza que os olhos alcançam,
Mas a bravura que os tempos não cansam.

Em cada gesto, a altivez de uma heroína,
Em cada palavra, a voz que ilumina.
A delicadeza em ti não se fragiliza,
Mas floresce forte, com rara precisa.

Oh, Vênus moderna, que encanta e que inspira,
Em tu'alma reside a mais nobre lira.
A emoção que em versos antigos floria,
Em teu espírito forte, renasce e irradia.

sexta-feira, julho 25, 2025

A Poesia da Alma

Para Ana Vitória, minha sobrinha. 15 anos.

Seu olhar cativante de pura inocência,
Jeito sereno e alma límpida,
Um amor sem igual, a poesia mais linda de se ouvir.
Radiante como o sol, com seu brilho a fluir.
Natural como a lua, em sua plena beleza,
Sem explicação, pura e doce certeza.

Ana Vitória, um sopro de doçura no ar,
Que na cadência da dança faz a vida girar.
Com seu sorriso conquistador, que dissolve qualquer véu,
Mesmo no silêncio profundo, um extrovertido céu.
Em cada gesto seu, a leveza a encantar,
Um coração que pulsa, pronto a amar.

Ela é forte e "crua", raiz que se sustenta,
Minha menina meiga, que a própria luz ostenta.
Percorrendo caminhos com os pés no chão,
Na sutileza da alma e na pura emoção.
Que seus 15 anos sejam um jardim a florescer,
Te amo, minha doce Ana Vitória, um eterno bem-querer!

quarta-feira, julho 23, 2025

O Despertar da Chama

Em um véu de luz radiante, ela surge,
Mulher que a vida em cada fibra pulsa.
Seu riso, melodia que as almas converge,
Na sabedoria que em seu olhar pulsa.

Seus olhos castanhos claros, um universo,
Onde o tempo e sua arte se revelam.
Pele branca e macia, um doce verso,
Que minhas mãos em sonho acalentam.

Apaixonada pela vida que a inunda,
Ela é a melodia que em mim ressoa.
É o amor que em cada verso se aprofunda,
A chama que me acende e me abençoa.

Mas há nela um fogo, uma faísca voraz,
Natureza que incendeia, paixão que arde.
Em cada gesto, a força de uma deusa tenaz,
Que em seu ser radiante se desvenda e invade.

Desejo tê-la em meus braços, um abraço profundo,
Que selará esse anseio que me incendeia.
Ela é a musa, a beleza que habita o mundo,
O sonho mais puro que minha alma incendeia.

terça-feira, julho 22, 2025

A Alma que me Conduz.

Meu Kauã, meu sol que emana luz,
No campo da vida, sua estrela reluz.
Com alma leve e meiga, você avança,
No esporte, a energia, em cada dança.

Seu sorriso simpático que desarma,
Em cada gesto, a graça que nos encanta.
Inteligente, criativo, um mundo a desvendar,
Lembro do "Boneco de Pano" a sonhar.

Com fé no coração, seu caminho a trilhar,
Meu nego amoroso, tão educado ao falar.
Em cada abraço, a ternura que me acalma,
"Sou seu rapaz!", a canção que ecoa em minha alma.

Minha Eterna Doçura

Karen, flor que desabrocha,
No jardim do meu olhar,
Sua sutileza me toca,
E o amor de pai faz sonhar.

Amor da minha vida, joia rara,
Em cada gesto, a fineza e a nobreza,
Sua alma doce, pura e clara,
Em você, encontro toda a leveza.

Sua elegância em cada passo,
Em seu sorriso, a ternura a brilhar,
Preenche de luz o meu espaço,
Meu maior presente, meu doce amar.

Alegria que me ilumina,
Sua voz, canção suave ao coração,
Em seus olhos, a pureza divina,
Minha eterna e mais linda canção.

segunda-feira, julho 21, 2025

Um olhar que Desvenda a Alma

Um olhar cheio de luz,
Curvas que me seduz,
Minha inspiração,
Um amor que me conduz, Ita.

Minha saudade eterna
Em seus olhos vibrantes, de um brilho tão sincero,
Cheia de esperança, alma pura a me guiar,
Minha paz em meio às tempestades.

Em cada traço do teu ser,
A melodia que me faz viver, doce e tão presente,
O porto seguro que anseio ter,
A estrela a me guiar no anoitecer.

És a calma que a alma encontra, serena e envolvente,
A verdade que a vida aponta, clara e reluzente,
Em cada riso, a rima pronta,
Amor que em meu peito se agiganta.

Teu toque suave, um afago gentil,
Desperta em mim um novo abril,
Em cada abraço, um mundo sutil,
Onde a felicidade se faz perfil.

E nesse laço que nos prende,
A cada dia o amor se estende,
Um sentimento que transcende,
Um elo eterno que nos defende.

Assim, em teu olhar, me perco e me acho,
Em teu sorriso, o mais belo riacho,
Que irriga a vida, sem desapego ou tacho,
Um amor profundo, que nunca é fraco.

quarta-feira, julho 09, 2025

Elegância de uma Tarde de Primavera

No alvorecer da tarde, a primavera,
Onde o aroma das flores se eternizava,
Pareceu-me ver a beleza inteira
Quando teu ser radiante se mostrava.

Teus olhos, serenos como o mar em calma,
Espelho da alma, em serena paz.
Um tremor sutil tocou minha alma,
Perdido em tua beleza, e nada mais.

Em teu sorriso, a luz que rompe a nuvem,
Como um raio de sol, pura e tão suave.
Cada gesto teu, notas de um poema,
Que a brisa da tarde, em mim, trazia.

Tuas mãos, em teus cabelos, eram melodia,
Uma sinfonia de um céu tão profundo,
E em meu coração, uma nova sinfonia,
Era como um calor de um amor fecundo.

Em sussurros ao vento, eu te descrevi,
Minha alma transbordou em gratidão,
Em tua essência, me perdi, me achei
Numa obra-prima de inspiração.

És a rosa de Saron, a beleza de Jerusalém,
A nobreza em teu ser se faz prece,
Elegância em teu olhar me leva além,
E todo o meu ser, teus encantos reconhece.

Guardo em mim a lembrança dessa tarde,
Da tua essência de vivacidade e mistério,
Em cada palavra que o peito arde,
Escrevo um amor, que se tornou um império.

terça-feira, julho 08, 2025

Noite Silenciosa

A noite desce, um manto de breu,
O céu em fúria, a terra em pranto.
Cada gota, um tambor em seu auge,
O vento, um uivo, um canto de lamento.

Na janela, um reflexo, a dor se faz presente,
A alma em pedaços, um naufrágio sem farol.
O peito apertado, o pesar da saudade,
Em meio à tormenta, a alma se perde em solidão.

Lençóis de mágoa, lágrimas silenciosas,
O crepúsculo da tristeza, um abismo sem fim.
A chuva forte, espelho da melancolia,
Limpa o amargo, desfaz o que era ruim.

"Chuva, não cesses tua dança infinita!",
Sussurro ao vento, um grito que se perde.
A água lava a terra, a alma e a vida,
Em busca de consolo, a dor não se esconde.

Noite adentro, a dor e a nostalgia,
A promessa de um novo amanhecer,
A sinfonia da chuva, um eco da melancolia,
Em meio à tormenta, o homem se deixa esquecer.

A chuva cai, a dança da natureza,
O lamento do homem, a canção da alma.
Um ciclo eterno de dor e beleza,
A solidão se quebra, a esperança se acalma.

A tempestade lava a terra e o coração,
Um alento suave, um começo sem fim.
Uma jornada interior, em busca de redenção,
Noite e alma, a canção da chuva, que vive dentro de mim.

domingo, junho 01, 2025

Exuberância

Parei para olhar teus traços,
Num instante que a alma não podia imaginar!
Uma visão tão perfeita,
Que meus olhos, extasiados, puderam contemplar.

Foi numa noite estrelada,
Sob o véu de um vestido azul,
Que pude ver a beleza tão singela,
Que fez meu ser inteiro estremecer.

Olhei para cada detalhe,
Em deleite me perdi;
Meus olhos, ávidos, desejaram
A imagem que ali vi.

Foi tão repentino,
Admirar as curvas que o corpo traça;
São tantas as belezas,
Que me pus a sonhar.

Se achaste que foi só isso
Que chamou minha atenção!
Não me julgues de outra forma,
E não leves ao coração;

Teus cachos, preciosos,
Ondulavam com uma elegância jamais vista;
Moldados como pétalas de rosa,
Naquela noite em que os vi, um encanto à vista.

Um sorriso exuberante,
Daquele rosto doce e angelical surgiu;
A menina, tão meiga e radiante,
De sua caverna, enfim, floriu.

terça-feira, maio 27, 2025

Chuva Tempestuosa

Chove lá fora.
A noite escura está;
Descanse agora,
Espere o sol raiar.
 
Lá fora chove forte!
Trovões e tempestade no ar,
A noite será fria,
E a saudade de quem não quis ficar!
 
No silêncio, o vento sopra.
Vagando no meio mar;
São ondas navegantes,
Esperando ao porto chegar.
 
Descanse, a noite longa será;
Sinta a brisa da chuva passar.
Descanse, dos fardos do dia;
Deixe os risos lhe alcançar!
 
Noites como essas, já pude enfrentar!
Escondendo - me entre os lenções.
Só me ponho a chorar...
Não sei se te invejo, chuva brava a pernoitar.
 
Chove muito lá fora.
Aqui dentro só solidão!
Angustiado bate no peito;
Atormentado meu coração.
 
Chove chuva forte.
Não quero que pare não;
Assim me faz repousar;
E me recobrar minha razão.
 
Chove chuva forte, e molha todo o chão.
Não te esqueças, oh chuva forte de molhar o meu colchão;
Por que, não faz sentido; oh chuva tempestuosa;
Ele molhar com as lagrimas da solidão.

terça-feira, maio 13, 2025

Espero-te

Hoje me sinto perdido.
Em mundo confuso e assustador;
Com uma dor tremenda no peito,
E um vazio desesperador,

As lágrimas rolam,
Como se o mundo já não existisse;
Rejeitado por quem a amo,
E eu só procuro paz.

Vagando por uma imensa escuridão,
Não sei se surto, ou me desfaco da solidão,
O peito já não suporta
A dor e a confusão;
Criados pela mente e,
Que destrói o coração.

São noites longas,
Uma jornada sem fim,
Não paro para nada,
Por medo de me iludir.

Já cai e levantei,
De pessoas me ausentei!
Perdi a esperança
De um futuro que planejei.

Ah, quisera eu recomeçar.
Sentir teus lábios macios,
E sua boca beijar,
Sentir-me vivo novamente,
E no calor do seu corpo está.

Já não tenho mais forças,
Quero me explicar,
Você não me sai da cabeça,
Em noites frias de luar.

Tornei-me alucinado.
Sim, em querer-te decifrar,
Porque escolhestes ir?
Sendo que teu coração queria ficar!

Que saudades de ti!
Que faltas me faz!
De nossas conversas longas,
Que em teus braços, eu tinha paz.

sábado, maio 03, 2025

É Primavera

É primavera, .
E o campo verde está,
Ouço o canto dos pássaros,
E a corrente das águas ao mar.

Sou viajante do tempo.
Gosto de senti a brisa no rosto,
Correr por entre as flores,
E o cheiro de suas pétalas roubar,

Sou passageiro do destino.
Na espera da primavera chegar,
Ecoando pelos caminhos;
E vendo o tempo passar.

Águas cristalinas surgirão.
No meio da grande floresta densa,
Dando vida a fontes transbordantes,
Ao encontro do sol poente.

Borboletas vão e vem,
Deixando o velho eu para trás,
Com sua nova roupagem,
Embelezam o jardim da paz.

quinta-feira, abril 24, 2025

Saudades da Gente.

Oh, saudades da gente!
Dos tempos que sorrimos juntos;
Da melodia em que ouvia cantar,
E na janela víamos o vento passar.

Oh, saudades da gente!
De vê aquele brilho no rosto;
Quando pairava em minha frente;
Querendo algo dizer-me.

Que saudade gente!
Das brigas de brincadeiras gritantes,
Que na rua desprezava a saudade,
Nas tardes do pôr do sol.

Saudades da gente!
Das andanças pelas matas adentro,
Em busca de um ninho para repousar;
E no canto sereno da brisa, a noite descansar.

Gente, que saudades da gente!
Da roda de conversa, em que o papel e o lápis de cera se faziam presentes,
Tão natural como a gente, não podia imaginar.
Quanta saudades da gente desenhar.

Saudades da gente e de gente.
Assim, o mundo se desenha,
Nos detalhes de cada resenha,
Em que a vida, se torna palco de amigos,
E de poucos gentes.
Oh, que saudades da gente!

sexta-feira, abril 11, 2025

Refúgio

As vezes é preciso parar.
Deixar as feridas por si mesmo sarar;
Sair dessa neurose,
Que é o sentimento de amar.

Permitir que o tempo resolva,
O que ele mesmo criou...
Não quero ser indiferente,
Quero ser presente,
Nessa questão de amor.

Estive de lados opostos,
Não soube contornar
Sempre busquei seus beijos,
Em seus braços, sempre quis estar.

Contei por diversas vezes, as estrelas do mar 
Procurando uma pérola, que pudesse te presentear.
Fui morto através de gotas,
Por esse sentimento de amar.

Cedi, mas perdi por entre os dedos.
Corri, para não me iludir ainda mais;
Sofri, nas correntezas de lágrimas,
Por esse sentimento de amar.

Não quero ser importuno,
Nem sei mais o que sou!
Se vivo ou morro:
Por esse sentimento de amor.

Meu espírito desfalece, minha alma evapora-se.
Escondendo-se em densas florestas,
Não tão perto, nem tão longe...
Apenas recorre ao livre arbítrio, para se encontrar.
Por causa desse sentimento de amar.

segunda-feira, março 31, 2025

Noite traiçoeira

Por caminhos seguia em silêncio.
Na espreita sombra que me seguia,
Com arrepios torturantes na espinha,
Cada passo o medo insistia.

Na madrugada da escuridão sombria.
Não esperava ouvir aquela melodia;
Que o soprano de longe se ouvia;
Onde os pelos, se manifestavam à correr.

Gritos aterrorizantes se confundiam,
Ao toque daquela sinfonia sombria!
Trêmulo e alucinado, os pés gelados.
Olhos altivos e lágrimas aprisionadas.

Se corro, se paro, exausto estou.
Na fenda, se via o fim do furor!
Como não sentir a dor do desespero;
Se até a alma deseja esvaziar-se do corpo.

Mas seguia, no propósito de acalmar-me.
Pois sentia, que ao amanhecer venceria;
Sorriria para tudo que acontecerá.
Mas confesso, o corpo todo tremia.

Angustiado ou desanimando,
Sem rumos de onde os caminhos me levariam,
Porém, exausto de ouvir aquela tenebrosa melodia,
A qual não cessava, e enstingava minha alma a fraquejar.

Choros e gritos, ruivos e zumbidos.
Claros e confusos, pedidos a ecoar,
Não dá pra separa-los dos acordes que tocam;
Pois, até às batidas do meu coração já não se ouvia.

Sussurros, no silêncio ao caminhar,
São levados ao vento,
De caminhos adentro, e já não sei...
Para onde me levará os caminhos a pernoitar.

domingo, março 09, 2025

Coração do errante

Transcende na alma, a calma de quem conduz.
Na sutileza do caminhar, as curvas a passar.
Dai-me senso e bom senso nas palavras;
Para descrever, sua altivez e gentileza.
Que na alma do sertanejo, há um desejo no coração.

Sou errante do sertão, que na encruzilhada da vida, pode ter observar;
Sou poeta por natureza, conduzido pela percepção do olhar;
Sou sacro, sou farto de pensamentos, mas alucinado por amar demais.
Quero tirá-la dos pensamentos, onde as almas transpiram no calor dos corpos.

Sou errante do sertão, onde a alma conduz o coração, desse pobre sofredor...
Onde a força predomina, o coração desse errante nordestino que se perdeu no seu caminho, a procura do teu olhar.
Que no silêncio aprecia a alma e a calma, de quem tu és!
Tu és formosa, como a jasmim, a mais exuberante entre as plantas.

Gentileza, que encanta e transcende nos corações,
Entre um andar e outro, baila as curvas de seu corpo,
Risos que se percebe ao vento ecoar; tornando-se armadilhas as asas de quem voa.
Li um poema, que me fez lembrar você, onde mencionava um rubi esculpido naturalmente; que poucos podem vê.
Indo vê-la, desejando tê-la, mas com senso nas palavras trocadas, espero que não esqueça.

A falta que me faz!

Sinto muito, por não ter visto você!
Deixei passar o tempo, e mesmo assim, sinto!
Sinto que deveria ter amado mais, 
Por não ter ouvido seus sussuros ao me invocar.
Sinto muito, por não ter percebido você!

Te fiz chorar, e sinto que necessito do teu perdão.
As vezes me perco no caminho das palavras,
E sinto, que a agonia é o preço da solidão.
O mundo desaba só em pensar.

O amor ainda persiste em me assombrar.
Sinto que preciso te reencontrar!
Sinto muito, por não ter visto você!
Mesmo quando a lua me conduzia à ti.
Sinto muito, mas ainda doe não te sentir.

Acreditei nas minhas loucuras,
Por mas obscuras que sejam para mim...
Sinto muito, mas na roda da vida, me perdi!
Necessito te dizer, que sinto tua falta!
E nas noites frias, sinto que vou morrer.

O sol que nasce em cada amanhecer,
Queima minha alma, e me faz entender,
Que os dias longos dessa vida, é melhor morrer.
Pois, sinto uma dor profunda, por não sentir você.

terça-feira, março 04, 2025

Livre

Ventos do norte, passam pelos meus dias,
Como a relva a cada amanhecer,
Percebo a brisa no rosto,
Fazendo a alma estremecer.

Havido, vendo o tempo passar,
Do pó das cinzas, recupero as forças para me levantar,
Não há fraqueza que no peito deixe escapar,
Fugir não adianta mais, na alma cicatrizes há.

Se vai ou se fica, não sei explicar 
Clama, uma chama ardente,
Por dentro à devorar.
Já ressurgir, tentando abortar, as dores findam...

Se vai, és livre para não voltar!
Se fica, és maduro para suportar.
Só não me deixes ao alento.
Como outrora, quiseres deixar!

Me digas, amor meu, o que serás de mim após os vendavais?
Se na chuva de lágrimas permaneço!
Se vai ou se fica, não sei explicar.

sábado, fevereiro 22, 2025

O tempo entre nós.

Na escalada da noite, onde não se vê as montanhas e nem colinas.
Na escuridão dos pensamentos, vagueio entre as lembranças de palavras ditas, ao sussurro do vento.
Me ponho no nosso lugar secreto, na esperança que me reencontre.

Será eu, fadado a solidão? Aquelas as quais busco vence-las no meu canto silencioso!
Ou será eu, o algoz de minhas fraquezas? Criadas ou fantasiadas por minha falta de sensatez e discernimento do certo ou errado!
Talvez, preciso me localizar mesmo distante e caído nas fadigas mentais, propriamente forçadas para me abalar e fazer desistir de tudo.

Contudo, fixo meus desvarios na esperança de ouvir-te novamente, na espectativa de reve - lá e olhar em teu olhos, os quais  revelam a angústia de sucumbir desejos nefastos que nos ligaram em tempos e tempos.
Ainda caminho no deserto, no desencontro em que fomos postos, pelo tempo que não temos mais, e só basta convencer - nos de que o tempo entre nós, passou!

Agora, mas distante nessa caminhada, na tormenta em que não suporto ficar, pensar no que nas palavras trocadas, nas canções ouvidas no embalo dos corações, me perdi na esquina da solidão em que me puseste.

Me prometeste algo maior do que essa busca, mais alto do que as montanhas e colinas, e me deixastes para trás, onde jamais saberei o que valeu a pena no decorrer do tempo que existiu entre nó!
Atravesso noites em silêncio, a procura de sobreviver em meios as mudanças, as quais não mudam!

Por um tempo me fizeste sorri!
E ao mesmo tempo me fizeste chorar!
Mas, ainda escalo montanhas, relevos e colinas para sentir a sensação de ouvir sua voz, seu riso, seu cheiro e toque de suas mãos macias e delicadas!

Não te escondas de mim, sabes onde me encontrar, não me deixes assolado, pois resistirei ao tempo, mesmo aflito, vencido não serei.
O amanhã virá, trará novo sol sobre todos, e a espera de revê-la sumirá.
Contudo, o tempo entre nós, passou!
E nele somente marcas ficaram.

POESIAS MAS LIDAS